Uns dias em Amesterdão não podiam passar sem uma rota fora da confusão da cidade. Apesar de haver pistas próprias no centro da capital para os que andam de bicicleta, há muito trânsito de ciclistas e preferi sair um bocadinho para ver o que havia à volta da capital.
Comecei por alugar a bicicleta na loja Star Bikes, uma loja bem original que até parece um museu das bicicletas, vale a pena alugar lá porque os donos também são muito simpáticos e há café!!
Star Bikes, Rua (De Ruijterkade 143, 1011 AC)
Inicialmente, andar nestas bicicletas pode ser estranho porque para travar há que inverter o movimento dos pedais: em vez de andar para a frente, andas para trás. Adorei as bicicletas, são super ergonómicas e muito cómodas. E torna-se muito fácil deslocar-se com elas pela cidade e arredores porque o piso é todo muito plano.
RUMO A MARKEN
A 20 km de Amesterdão está Marken, esta vila de pescadores que parece estar esquecida no meio do mar, apenas ligada por uma estrada (a que se vê nas fotos). Marken é tão mágico que até parece irreal. As casinhas perfeitamente pintadas com os jardins cuidados ao máximo, os animais nos prados verdes que parecem estar ali de propósito a pousar para um quadro de Van Gogh, as pequeninas pontes tão bem estimadas.. e aquele mar interior tão calmo que enche de companhia a qualquer um que faça este caminho.
Pelo que conta a lenda, depois de uma tempestade no século XIII a vila de Marken ficou separada do continente tornando-se assim uma ilha. A comunidade conseguiu ganhar a vida a pescar. Agora é uma península porque em 1957 foi construída esta estrada sobre um dique.
Pelo que sei há autocarros desde Amesterdão que levam até ali as pessoas, mas eu preferi tirar todo o partido da bicicleta enquanto por ali andava.
Durante o caminho não vais encontrar bares para tomar um café ou água, o que é estranho para um português que encontra um café em tudo quanto é esquina. Vais ter mesmo de esperar até chegar a Marken.
Quando devolvi as bicicletas aos donos e lhes contei o percurso pareceu-lhes estranho que alguém chegasse tão longe num só dia. No entanto, o caminho não é nada difícil! E é uma forma de experimentares por ti próprio a sensação de pedalar num chão tão plano como o dos Países Baixos.
Além disso o contacto com a natureza é indescritível. Eu recomendo fazê-lo em bicicleta, totalmente. É uma viagem muito especial.
