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O que não podes perder na tua viagem ao Equador!

Se aterrares em Quito, não podes deixar de visitar a cidade, sobretudo a parte da zona histórica. Mas não foi o que mais gostei deste país, de todo. O norte equatoriano é mesmo imperdível. Além de ser muito bonito, também guarda e conserva de forma fiel as tradições andinas, com muita autenticidade. E a parte da costa… apaixonou-me!

Cotacachi – Norte de Equador

É uma aldeia pequena, mas com muitos serviços. Aqui respira-se tranquilidade e paz. É um bom sítio para visitar e para relaxar. Podes ver aqui mais sobre a lagoa de Cuicocha, a minha favorita até hoje.

https://doramatos.com/cuicocha-rodeamos-a-lagoa-dos-deuses-14km-de-puro-trekking/

Otavalo – Norte de Equador

Está a 20 minutos de carro de Cotacachi e é mais “cidade”. Famosa pelo maior mercado artesanal de toda a América Latina, é paragem recomendada para sentir a autenticidade deste mercado que tanto é frequentado por locais como por estrangeiros (no entanto, por poucos estrangeiros). Aqui podes visitar também a Lagoa de Peguche:

Cotopaxi e Quilotoa – Norte de Equador

Impressionante pelo seu tamanho, o vulcão Cotopaxi de 5897 metros é um must see, sem dúvida. A lagoa Quilotoa é também ela impressionante pelo azul turquesa pode ver-se no mesmo dia que o vulcão, já que estão muito perto um do outro.

Baños de Aguasanta – Centro de Equador

Está entre os Andes e a Floresta amazónica. Aqui sentimos muito mais o factor “turismo” do que em qualquer outro sítio. Está entre montanhas absolutamente incríveis e é um sítio muito recomendado para fazer actividades radicais. Nós fizemos canopy pela primeira vez. Confesso que foi uma experiência um tanto assustadora, mas foi muito fixe! Aqui podes visitar muitas coisas como o famoso Pailón del Diablo, fazer o trilho das cascatas de bicicleta e até podes partir de aqui para ir até à Selva Equatoriana. Recomendo dois ou três dias aqui, se quiseres desfrutar das actividades radicais. É uma vila bonita e impressionante à primeira vista porque fica totalmente entre montanhas.

Cañon del Río Toachi – Centro de Equador

Impressionante pelos enormes vales de pedra.

O Cañón de Toachi formou-se devido a um grande acidente geográfico que gerou uma quebra que atravessa parte da reserva e é visível desde este mirador.

O certo é que à medida que vais viajando pelos Andes equatorianos vais sentindo que a paisagem é cada vez mais impressionante pelas suas enormes e desenhadas montanhas. Talvez tenha sido isso que mais me impressionou no Equador: a diferença de relevo e clima em tão poucos quilómetros.

Aventura na Selva de Puyo e a Soga do Tarzan! – Centro Este de Equador

Talvez tenha sido das minhas experiências favoritas no Equador. Visitamos um zoológico refúgio onde cuidam de animais que foram vítimas de exploração ou que eram usados como mascotas, e preparam-nos para viverem uma nova vida na selva.

A soga do Tarzan foi um dos momentos altos da viagem:

Mercado de Guamote – Riobamba (Centro sul de Equador)

Visitei dois mercados aqui no Equador: o de Otavalo e o de Guamote. Diferenças? O de Otavalo é mais turístico e organizado. É frequentado pelos locais mas também por alguns turistas que por ali passam pela fama que o mercado tem na internet. O mercado de Guacamote é autêntico do início ao fim: é desorganização, é confusão nas ruas transitadas pelos locais que levam de tudo às costas: papel higiénico, roupa, brinquedos, comida e até animais. 

Uma história curiosa com uma comunidade indígena nas Lagoas de Ozogoche – Centro Sul de Equador

À medida que o autocarro se aproximava das residências dos indígenas o terreno era cada vez mais severo, árido e extremamente montanhoso. Entre curvas e vários caminhos de terra batida, chegamos a casa deles – pequena e de pedra – onde nos serviram um humilde prato de favas, milho e queijo fresco e uma sopa de batata com abacate. Ficamos na dúvida se aquilo seria realmente a comida deles, porque os alimentos apenas eram cozidos. E como normalmente a gastronomia reflecte uma parte da cultura de uma comunidade ou população, concluímos que talvez sim. 

Para nos aquilo é comida de sobrevivência. Para eles talvez não.

Depois de comer, estes indígenas acompanharam-nos com os seus cavalos até às bonitas lagoas que circundavam as suas casas com a esperança de que alguém alugasse os animais para chegar à lagoa mais facilmente. No final, já de regresso do passeio tive uma conversa com uma indígena que ali vivia.

Chamou-me muito a atenção o facto de elas terem os dentes tão branquinhos. Então perguntei a uma rapariga se faziam alguma coisa para os ter tão bonitos. Notei que ela ficou contente e comentou com a amiga que mal entendia espanhol. Riram-se, contentes. Disse-me que não faziam nada e perguntou-me se eu fazia. 

Eu também lhe disse que não. Então a perguntou-me de onde era. Eu sou de Portugal, disse-lhe. Quem é dos Estados Unidos?, perguntou ela. Eu acho que não há aqui ninguém dos EUA, respondi. E ela ficou triste quando soube. Ao que eu perguntei: queres ir aos EUA? Ela, com um sorriso e expressão sonhadora afirmou. Senti o sonho nela. 

Sabes onde fica Portugal? Não. Em que parte dos Estados Unidos é?

Fica na Europa, conheces? Não. 

Fiquei a pensar naquela menina/rapariga, com a cara extremamente queimada do sol. Ela sim, tem a situação muito complicada para fazer o que quer, para poder chegar ao seu sonho. Quando apostamos pelo nosso conhecimento, quando estudamos e aprendemos é muito mais fácil chegarmos onde queremos. A maioria de nós temos a sorte de apostar pelo conhecimento. 

Alausí, o seu comboio e os llampingachos da dona Florinda – Sul de Equador

Alausí é daqueles sítios que chegas e te da boas sensações. Uma aldeiazinha humilde e com mais encanto pelo seu comboio e pelas pessoas com quem nos cruzamos.

Só ficamos uma noite, mas tivemos muito boas experiências. Perguntamos ao senhor do hotel onde podíamos ir jantar e ele recomendou um local, que pelo que dizia era muito típico e com comida muito boa. Seguimos as indicações e encontramos uma senhora a fazer llampingachos na rua, mesma à entrada do seu pequenino restaurante. Tinham tão bom aspecto! Contou-me que era uma tradição familiar. Menos mal que chegamos a tempo para provar um llampingacho, porque eram os últimos!

Melhor ainda? No momento de pagar a senhora disse que não era nada, que era para provarmos. Então não nos cobrou nada. Quisemos deixar gorjeta mas também não aceitou. Ficamos felizes e sem jeito, porque estas pequenas atitudes são as que tornam um sítio mais bonito. Pelo menos para mim. 

O comboio Nariz do Diabo: O ferrocarril mais difícil do mundo

O comboio é precisamente o motivo do turismo nesta vila/aldeia.

É famoso pelo enorme obstáculo que enfrentou. As vias foram talhadas, algumas literalmente à mão e outras onde se usou dinamite. Houve muitos mortos à conta disso, e também à conta das doenças que naquela altura se propagaram. Para diminuir este obstáculo, construíram uma estrada em zigue-zague que supera um desnivel de 500 metros e a 12,5 km de subida vertiginosa ou subida. Daqui podemos apreciar a vista vertiginosa das águas do rio Alausí.

Cuenca – Sul de Equador

Uma surpresa em todos os sentidos. A primeira e última cidade onde tinhamos estado antes desta foi Quito. E apesar de termos gostado bastante da zona histórica de Quito, consideramos que à primeira vista não é uma cidade que ofereça grande confiança. Não se vê muita gente a andar na rua (fora da zona histórica), houve certos momentos em que sentimos insegurança (mas não aconteceu nada, na realidade. Foi apenas uma sensação).

Ao contrário de Quito, Cuenca é uma cidade mais charmosa, moderna, vivida e bairrista. Não estava à espera que Cuenca fosse uma cidade assim. É a terceira maior cidade do país e está localizada a mais de 2.500 metros de altitude. A tranquilidade desta cidade, as bonitas construções antigas e a modernidade dos locais e infraestructuras para receber turistas, faz com que seja uma cidade bem atractiva e imperdível.

Ayampe e Praia dos Frailes – Oeste de Equador

Ayampe é o meu paraíso natural na terra. Uma praia extensa, cheia de uma fauna e flora impressionante. Não é muito turístico porque a maior parte das pessoas fogem mais para Montañita (um sítio para sair à noite e que é horrível, na minha opinião) e para Olón (um sítio mais familiar e com uma praia igualmente extensa). Nada a ver com Ayampe.

Só tenho pena que a praia dos Frailes esteja dentro de um parque natural e que tenha horário delimitado de acesso, senão… montava ali a tenda!

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Dora Matos - Health Coach