É fascinante viajar, mas é ainda mais fascinante fazê-lo quando tens tempo.
Quando cheguei ao Sudoeste Asiático vinha sedenta por conhecer todos os países desta zona! Vinha ansiosa por fazer todas as actividades inerentes ao que uma viagem como esta impõe… Porque no mundo moderno em que vivemos não podemos deixar nenhuma experiência nova escapar em vão, muito menos se vamos para longe! Esta é uma ideia que está escondida no nosso cérebro a partir do momento em que falamos de “Viajar”.
Viajar é das coisas mais enriquecedoras que existe na minha vida, disso não tenho dúvidas. Não só porque vejo e aprendo coisas novas, senão que todos os dias me assalto com novas dúvidas e curiosidades que não teria se estivesse em casa. Acabo por aprender imenso sem dar-me conta. E penso que isso é o mais positivo de estar a viajar de uma forma contínua.
Gosto de viajar, mas também gosto de encontrar o meu cantinho em qualquer lugar do mundo.
Gosto de chegar a um sítio e encontrar-me em casa. De passar ali vários dias e encontrar uma rotina nesse novo lugar. Gosto disso porque me permite fazer o que gosto e trabalhar ao mesmo tempo, sem pressas nem stresses. Gosto que chegue a ser um “modo de vida”. Sinto-me bem a tentar entrar em ritmos de vida diferentes e novos.
Devo dizer que o que mais “cansa e stressa” numa viagem é estar constantemente à procura de sítios para visitar, que fazer em cada sítio, em que hostel dormir, em que transportes me devo dirigir… É uma logística que deve ser feita quando viajas, disso não há dúvidas. Só que fazer essa logística todos os dias é esgotante para qualquer um.

Então, há momentos em que o que me apetece realmente é parar e ficar a relaxar num sítio durante alguns dias. Isso aconteceu em Amed (em Bali), nas Gili Air (Lombok), em Selong Belanak (Lombok), em Kuala Lumpur (Malásia), Malacca (Malásia) em Lancawi (Malásia) e vai acontecer também no Japão. Essas paragens fazem-me bem à alma. Estar constantemente a mover-me de um lado para o outro, a conhecer monumentos, museus, ruas e novos bairros é enriquecedor. Só que fazê-lo de forma contínua também cansa (sobretudo quando viajas e trabalhas ao mesmo tempo). Ás vezes, o mais importante é encontrar um hostel onde esteja realmente bem, confortável e feliz.
E atenção, esses sítios onde parei não tinham que ser extremamente formosos e com o maior número de actividades turísticas. Simplesmente foram lugares que me deram bom feeling e que me fizeram sentir “em casa”. Parar foi, sem dúvida, o melhor da viagem.