Uma aventura única no Gerês, porque nos perdemos!

Depois de alguns dias a vontade de fazer uma rota de BTT já apertava.
E lá fomos nós, deixámos a caravana estacionada em Lamas de Mouro (no Gerês), mesmo junto ao lado do centro de BTT e começámos a rota de cor azul. O trilho é este (está marcado a azul, na terceira página).  30 quilómetros de puro MountainBike.
Tinham-nos dito que havia uma parte do trilho que não estava bem sinalizada, mas nunca pensámos que íamos ter que inventar a maior parte do percurso! Sobretudo porque só vimos sinalização mesmo no início do trilho.
Pedalámos, pedalámos, conscientes de que estavamos a percorrer o trilho correcto, mas na realidade, um bocado incomodados com o facto de não ver marcas por lado nenhum e sempre com a dúvida em cima.

Pensámos que estavamos no caminho certo até que…

Encontrámos uma primeira aldeia (digamos que vimos um aglomerado de casas), e vimos, por sorte, uma senhora na rua. Não há quase ninguém em Cortegada, o nome desta aldeia. A senhora, que era dona de um café muito modesto, disse-me que a maior parte das pessoas que ali tinham casa,eram emigrantes em França.
Não foi nada que não tivesse imaginado enquanto descia a colina de bicicleta porque as janelas das casas estavam perfeitamente fechadas, sem vida. Via-se que as casas estavam bem estimadas, mas dava para ver que os donos não estavam ali a maior parte do ano.
Mostrei o mapa á senhora, que me disse onde estávamos localizados. E sim, conseguimos ir para o lado completamente oposto do trilho.
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O pior foi quando vimos um incêndio!…

Sim, puro Novembro, um incêndio.
Vimo-lo mesmo do outro lado do monte por onde íamos a passar nesse momento. Estavamos longe. Não parecia ser um incêndio muito preocupante, até porque no mais alto do monte não havia praticamente árvores. Mesmo assim, era um incêndio. Então liguei para os bombeiros de Melgaço.
 

Mas o que é que aconteceu?

Dei-lhes as indicações erradas porque pensava que estava num sítio e afinal estava noutro! Só descobri isso quando a senhora do café nos localizou no mapa.

Foi aí que percebi que além de nos termos enganado (e bem!) no trilho, também tinha enganado inconscientemente os bombeiros.

Liguei de novo para lá a explicar o sucedido e desculpei-me.
Foi uma aventura no Gerês que acabou em bem. Provavelmente tivemos que dar mais ás pernas do que se tivessemos realizado o trajecto que era suposto (porque a subida de Cortegada para Lamas de Mouro não é pêra doce!).
Correu tudo bem e o melhor de tudo é que pudemos traçar o nosso próprio trilho.

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